CBO 2151-45 - Prático de portos da marinha mercante - Descrição do cargo, funções, competências e atividades exercidas pelos oficiais de convés e afins
O profissional no cargo de Prático de portos da marinha mercante CBO 2151-45 Presta serviços de praticagem embarcado, executando navegação e manobras em águas restritas denominadas zonas de praticagem, como portos, estuários e hidrovias, assessorando comandantes de embarcações nas fainas de praticagem, aplicando conhecimentos de meteorologia, oceanografia, legislação marítima, arte naval e manobrabilidade de navios, dentre outros das ciências náuticas Coordena atividades de praticagem, de reboque, de embarcações de apoio e de amarração da embarcação.
Ministra treinamento e forma pessoal aquaviário em praticagem Cumpre normas, regulamentos e convenções nacionais e internacionais de segurança e preservação do meio ambiente aquaviário
CBO 2151-45 é o Código Brasileiro da Ocupação de oficiais de convés e afins que pertence ao grupo dos profissionais das ciências exatas, físicas e da engenharia, segundo o Secretaria da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Confira funções, descrição do cargo de Prático de portos da marinha mercante, atividades principais, atribuições, mercado de trabalho, dados salariais oficiais atualizados para a função, bem como o salário pago para os Oficiais de convés e afins CBO 2151-45 em todo Brasil.
Divisões de categorias profissionais do CBO 2151-45
- Profissionais das ciências e das artes.
- Oficiais de convés e afins.
- Profissionais das ciências exatas, físicas e da engenharia.
O que faz um Prático de portos da marinha mercante
O Prático de portos da marinha mercante CBO 2151-45 prepara-se para o serviço de praticagem – navegação e manobras realizadas no interior de uma zona de praticagem (área delimitada, de águas restritas, com peculiaridades que dificultam a livre e segura movimentação de embarcações, estabelecidas pela autoridade marítima, como portos, estuários e hidrovias), avaliando condições meteorológicas, o estado do mar, acidentes ou fatos da navegação e deficiências técnicas, dentre outras situações que implicam em risco à segurança da navegação, cumprindo normas e regulamentos Consulta e aplica legislação.
Mantém-se atualizado quanto às alterações nos diversos documentos náuticos e nas características dos faróis, balizamentos e outros auxílios aos navegantes na zona de praticagem.
Aplica conhecimentos de meteorologia, oceanografia, legislação marítima, arte naval e manobrabilidade de navios, dentre outros das ciências náuticas Avalia condições de atracação, desatracação e de calado.
Inspeciona condições de segurança e verifica o cumprimento das normas de segurança Comunica, à capitania dos portos, informações de interesses da segurança do tráfego aquaviário, como variações de profundidade e de correnteza dos rios, canais, barras e portos, sobretudo após a ocorrência de ventos fortes, chuvas prolongadas ou grandes marés, e alterações ou irregularidades observadas na sinalização náutica.
Comunica, ao comandante da embarcação e à capitania dos portos, a existência de condições desfavoráveis ou insatisfatórias para a realização de faina de praticagem e que impliquem risco à segurança da navegação.
Apresenta-se para a faina de praticagem em perfeitas condições de higidez física e mental Porta colete salva-vidas nas fainas de transbordo, da lancha de prático para a embarcação e da embarcação para a lancha de prático.
Inicia a faina de praticagem, apresentando-se ao comandante da embarcação, recebendo – do comandante da embarcação – informações sobre as condições de manobra da embarcação, sobre o calado de navegação, bem como todos os elementos materiais e demais informações necessárias para o desempenho do serviço de praticagem.
Assessora o comandante da embarcação na condução da faina de praticagem, atendendo, com presteza e eficiência, as exigências do serviço de praticagem Executa manobras de praticagem, nomeadamente: manobras de atracar, de desatracar, de fundear, de suspender, de amarrar à boia, de largar da boia, de entrar ou sair de dique e de alar ao cais Realiza navegação em águas restritas, com segurança, operando equipamentos de navegação, executando procedimentos de navegação em canais estreitos, águas rasas, mau tempo, situações de emergência ou com visibilidade restrita.
Realiza comunicação a bordo Estabelece comunicações com o serviço de tráfego de embarcações e com outras embarcações em trânsito na zona de praticagem, de tal maneira a garantir a segurança do tráfego aquaviário Avalia condições de vento e de corrente, dentre outros fatores externos, durante as operações.
Coordena as atividades de praticagem, de reboque, de embarcações de apoio e de amarração da embarcação, para garantir a eficiência das operações em todas as situações do serviço de praticagem Encerra a faina de praticagem, recebendo a dispensa do comandante e desembarcando.
Coopera nas atividades de busca e salvamento e de levantamentos hidrográficos na zona de praticagem, quando solicitado pelos órgãos da capitania dos portos Contribui para a qualificação dos praticantes de prático na zona de praticagem e nos programas de atualização de práticos Ministra aulas de formação profissional e treinamentos, nos campos de conhecimento relacionados com a atividade de praticagem.
Define o conteúdo programático das atividades formadoras Profere palestras Elabora apresentações e material didático.
Efetua registros pertinentes.
Funções do cargo
O funcionário CBO 2151-45 deve gerenciar material de bordo, realizar inspeção naval a bordo, qualificar pessoal, trabalhar de acordo com normas de segurança. meio ambiente e saúde - sms, navegar com segurança, demonstrar competências pessoais, gerenciar operações, administrar pessoal.
Condições de trabalho dessas profissões
Oficiais de convés e afins o Capitão de longo curso pode tripular qualquer tipo de embarcação e de qualquer bandeira, como Comandante, Imediato ou Oficial de quarto de navegação. O Capitão de cabotagem pode comandar embarcações nacionais de qualquer arqueação bruta (AB) na navegação realizada entre os portos brasileiros e entre estes e os portos da Costa Atlântica da América do Sul, das Antilhas e da Costa Leste da América Central, excluídos os portos de Porto Rico e Ilhas Virgens, imediatar qualquer embarcação nacional sem restrições, além de comandar ou imediatar sem restrições em embarcações de outra bandeira. O Primeiro oficial de náutica, em embarcações de bandeira brasileira, pode ser Comandante de embarcações de qualquer AB na Navegação Interior, Comandante de embarcação até 3000 AB na Navegação de Apoio Marítimo, Comandante de embarcação até 500 AB na Navegação de Cabotagem, dentro dos limites de visibilidade da costa brasileira e Imediato de embarcações de qualquer AB na navegação realizada entre os portos brasileiros e entre estes e os portos da Costa Atlântica da América do Sul, das Antilhas e da Costa Leste da América Central, excluídos os portos de Porto Rico e Ilhas Virgens, além de comandar sem restrições em embarcações de outra bandeira. O Segundo oficial de náutica, em embarcações de bandeira brasileira, pode ser Comandante de embarcações de qualquer AB na Navegação Interior, Comandante de embarcação até 3000 AB na Navegação de Apoio Marítimo, Comandante de embarcação até 500 AB na Navegação de Cabotagem, dentro dos limites de visibilidade da costa brasileira e Imediato de embarcações até 3000 AB na navegação realizada entre os portos brasileiros e entre estes e os portos da Costa Atlântica da América do Sul, das Antilhas e da Costa Leste da América Central, excluídos os portos de Porto Rico e Ilhas Virgens, além de imediatar sem restrições em embarcações de outra bandeira. As demais ocupações não oferecem restrições.Navegação de Apoio Marítimo, Comandante de embarcação até 500 AB na Navegação de Cabotagem, dentro dos limites de visibilidade da costa brasileira e Imediato de embarcações até 3000 AB na navegação realizada entre os portos brasileiros e entre estes e os portos da Costa Atlântica da América do Sul, das Antilhas e da Costa Leste da América Central, excluídos os portos de Porto Rico e Ilhas Virgens, além de imediatar sem restrições em embarcações de outra bandeira. As demais ocupações não oferecem restrições.
Exigências do mercado de trabalho para o CBO 2151-45
O acesso ao trabalho requer bacharelado em Ciências Náuticas em uma das escolas da Marinha Mercante: Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga) no Rio de Janeiro e Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba), em Belém. A experiência requerida varia de zero a sete anos após a formação, conforme regulamentação. O exercício dessas ocupações, no Brasil, é regido pelas Normas da Autoridade Marítima para aquaviários (NORMAM-13/2000). Internacionalmente, o exercício dessas ocupações segue normas internacionais das quais o Brasil é signatário. Trata-se da Convenção Internacional sobre Normas de Treinamento de Marítimos, Expedição de Certificados e Serviços de Quarto, 1978 emendada em 1995 (Standards of Training, Certification and Watchkeeping for Seafarers- 95 - STCW95), produzida pela IMO, organismo da ONU, com as seguintes correspondências: Capitão de Longo Curso (STCW II/2), Capitão de Cabotagem (STCW II/2), Primeiro Oficial de Náutica (STCW II/2), Segundo Oficial de Náutica (STCW II/1 e II/3), Oficial de Quarto de Navegação da Marinha Mercante (STCW II/1 no mínimo), Agente de Manobra e Docagem (sem restrições), Capitão de Manobra (sem restrições). A atividade de Prático pode ser exercida por Oficiais da Marinha Mercante e da reserva da Marinha do Brasil, após concurso público, com provas aplicadas pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), órgão da Marinha do Brasil. Do Inspetor e Vistoriador Naval requer-se, além da formação, curso especial de inspeção naval. Do Inspetor de Terminal exige-se experiência de no mínimo cinco anos na função de Imediato em navios tanques. Do Coordenador de Operações de combate à poluição no meio aquaviário, além do bacharelado em ciências náuticas, requer-se curso de especialização na área e experiência de seis meses acompanhando titular do posto.
Atividades exercidas por um Prático de portos da marinha mercante CBO 2151-45
Um Prático de portos da marinha mercante (ou sinônimo) deve demonstrar capacidade de percepção de anomalias no processo, trabalhar em equipe, executar procedimentos para navegação em águas rasas, ministrar aulas de formação profissional, demonstrar percepção espacial, avaliar condições externas durante operações - vento, corrente, executar procedimentos para navegação em canais estreitos, ministrar treinamento em terra, demonstrar capacidade de adaptação a rotina de confinamento, realizar comunicação de bordo, avaliar o estado do mar para início e paralização de manobras, coordenar equipe de amarração, executar procedimentos de navegação em situações de emergência, demonstrar capacidade para operar equipamentos de informática, demonstrar comportamento pró-ativo, demonstrar liderança, elaborar apresentações, aplicar legislação, demonstrar capacidade de comunicação oral e escrita na língua inglesa, avaliar as condições de calado, avaliar as condições meteorológicas, demonstrar capacidade de improvisação, auxiliar na elaboração de conteúdo didático, demonstrar capacidade de adaptação, demonstrar capacidade de negociação, trabalhar sob pressão, fiscalizar o cumprimento das normas de segurança, proferir palestras, tomar decisões, orientar as manobras de atracação, desatracação fundeio, consultar legislação, demonstrar percepção cinemática, demonstrar capacidade de auto-controle, avaliar as condições de atracação, avaliar as condições para desatracação, demonstrar raciocínio analítico, executar procedimentos para navegação com visibilidade restrita, demonstrar capacidade de comunicação oral e escrita, coordenar navegação de objeto rebocado, orientar a navegação, tomar decisões rápidas em situações críticas, efetuar os registros pertinentes, demonstrar capacidade de interpretação cartográfica, inspecionar as condições de segurança, coordenar as embarcações de apoio, demonstrar raciocínio matemático, operar equipamentos de navegação, elaborar conteúdo programático, executar procedimentos para navegação em mau tempo, demonstrar capacidade para o uso de aplicativos e programas de informática, discriminar cores, coordenar operações de reboque, discriminar sons e ruídos, elaborar material didático, demonstrar criatividade, demonstrar raciocínio sintético.