CBO 2252-15 - Médico-cirurgião de cabeça e pescoço

O Que Faz um Médico-cirurgião de cabeça e pescoço

Realiza diagnóstico e tratamento cirúrgico de tumores benignos e malignos, afecções congênitas e algumas condições inflamatórias, no pescoço, na face e na base do crânio (regiões do viscerocrânio e da área cervical). Planeja o procedimento cirúrgico, selecionando equipe e definindo a técnica cirúrgica a ser adotada. Atua com médicos cardiologistas e anestesiologistas para estimar o risco da operação e decidir se paciente tem condições de saúde para ser operado. Executa a cirurgia. Acompanha a recuperação de paciente. Registra procedimentos efetuados. Atua no Sistema Único de Saúde (SUS). Mantém-se atualizado na sua área de atuação. Faz pesquisas e difunde conhecimentos médicos. Supervisiona equipe. Atua com base em princípios de ética profissional. Cumpre legislação, normas técnicas e normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho, de biossegurança e de preservação ambiental.

Funções Detalhadas

Planeja a atuação em cirurgia de cabeça e pescoço, em pacientes de todas as faixas etárias. Verifica a disponibilidade de materiais e o funcionamento de instrumentos e equipamentos.

Recepciona paciente e, se for o caso, acompanhante.

Faz anamnese e realiza exame físico de paciente. Levanta hipóteses diagnósticas. Requisita exames, tais como ultrassonografia, ressonância magnética, sialoendoscopia, PET-CT-Tomografia Computadorizada por Emissão de Pósitrons (Positron Emission Tomography–Computed Tomography) e biópsia. Aplica as técnicas de nasofibrolaringoscopia e laringoscopia. Documenta os exames realizados utilizando os recursos tecnológicos do PACS-Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens (Picture Archiving and Communication System), destacando as áreas de maior interesse.

Realiza diagnóstico e prognóstico de moléstias malignas - como tumores de tireoide, cavidade oral, laringe, seios paranasais da face, órbitas (região dos olhos) e base do crânio - ou moléstias benignas, como laringite, nódulos não cancerígenos da tireoide e algumas afecções congênitas ou traumáticas. No caso de tumor benigno, analisa diferentes fatores – como local em que cresce, o problema que causa se permanecer, entre outros – para avaliar se há necessidade de procedimento cirúrgico para retirada. No caso de deformidades e fraturas, define a realização de cirurgia craniomaxilofacial. No caso de tumores malignos, estabelece o procedimento cirúrgico, que pode ser associado à radioterapia, à quimioterapia e às terapias-alvo.

Conversa com paciente e seus familiares sobre a doença, suas implicações e o tratamento cirúrgico.

Realiza o planejamento da intervenção cirúrgica, atuando com equipe definida a partir dos objetivos do procedimento.

Seleciona seus auxiliares, estabelecendo o número e a qualificação da equipe para realização da cirurgia.

Avalia e define a técnica cirúrgica a ser adotada, conforme o problema detectado. Analisa as opções de cirurgia a “laser”, excisão, e dissecção do linfonodo para retirada de tumores. Estuda o uso de cirurgia endoscópica nasal. Verifica a possibilidade de uso de cirurgia robótica. Analisa as técnicas de operações craniomaxilofaciais. Estuda a realização de cirurgia videoassistida. Pode utilizar a técnica de reconstrução microcirúrgica, levando tecido do corpo à área afetada.

Atua junto com médicos cardiologistas e anestesiologistas para estimar o risco operatório e decidir sobre a operabilidade de paciente. Discute os riscos com paciente e seus familiares. Identifica e trata as complicações clínicas antes da operação. Presta instruções pré-operatórias para paciente.

Executa a cirurgia - de pequeno, médio ou grande porte - para retirada de tumor ou para tratamento de trauma ou deformidade congênita.

No pós-operatório de cirurgia, faz acompanhamento médico regular para monitorar a recuperação. Prescreve medicamentos para controle da dor. Trabalha com equipe multidisciplinar – que pode ser formada por nutricionista, fonoaudiólogo e outros profissionais – no processo personalizado de reabilitação para paciente, que considera características biológicas e físicas do organismo, mas também fatores emocionais e sociais envolvidos. Contribui na prestação de cuidados paliativos. Avalia as condições de paciente para receber alta.

Registra procedimentos efetuados em prontuário de paciente. Elabora relato do ato cirúrgico.

Atua em saúde pública, prestando serviço em cirurgia de cabeça e pescoço no Sistema Único de Saúde (SUS).

Difunde conhecimentos médicos, elaborando e divulgando artigos científicos.

Mantém-se atualizado na sua área de atuação, avaliando inovações tecnológicas.

Supervisiona equipe, avaliando e orientando seu desempenho.

Realiza pesquisas em cirurgia de cabeça e pescoço, abordando temas diversos, tais como neoplasias de cabeça e pescoço e biomarcadores, tumores metastáticos do pescoço, e estudos de deformidades da face.