CBO 2252-20 - Médico- cirurgião do aparelho digestivo

O Que Faz um Médico- cirurgião do aparelho digestivo

Realiza diagnóstico e tratamento cirúrgico das doenças do sistema digestivo, fazendo remoção de tumor de estômago, correção de problema de obesidade, transplante de fígado e outros procedimentos de baixa e alta complexidades. Planeja o procedimento cirúrgico, selecionando equipe e definindo a técnica cirúrgica a ser adotada. Atua junto com médicos cardiologista e anestesiologista para estimar o risco operatório e decidir sobre a operabilidade de paciente. Executa a cirurgia. Acompanha a recuperação de paciente. Registra procedimentos efetuados. Atua no Sistema Único de Saúde (SUS). Mantém-se atualizado na sua área de atuação. Realiza pesquisas e difunde conhecimentos médicos. Supervisiona equipe. Atua com base em princípios de ética profissional. Cumpre legislação, normas técnicas e normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho, de biossegurança e de preservação ambiental.

Funções Detalhadas

Planeja a atuação em cirurgia do aparelho digestivo, que inclui órgãos que fazem a digestão dos alimentos, a absorção dos nutrientes necessários para sobrevivência e a eliminação daquilo que já não tem mais utilidade no corpo humano. Verifica a disponibilidade de materiais e o funcionamento de instrumentos cirúrgicos e equipamentos.

Faz anamnese e realiza exame físico de paciente. Levanta hipóteses diagnósticas e solicita exames laboratoriais e de imagem, tais como exame de sangue, endoscopia digestiva alta, colonoscopia, ecoendoscopia e colangiopancreatografia.

Realiza diagnóstico e prognóstico de moléstias malignas - como tumores do esôfago, estômago, fígado e pâncreas - ou moléstias benignas, como lesão hepática benigna, inflamação do apêndice (apendicite) e tumores não cancerígenos. Identifica o tipo e o estágio da doença que precisa da cirurgia para ser solucionada ou controlada. Conversa com paciente e seus familiares sobre a doença, suas implicações e o tratamento cirúrgico.

Realiza o planejamento do procedimento cirúrgico, atuando junto com equipe multidisciplinar, principalmente em casos de alta complexidade.

Seleciona seus auxiliares, estabelecendo o número e a qualificação da equipe para realização da cirurgia.

Avalia e define a técnica cirúrgica a ser adotada, adaptada às particularidades fisiológicas do órgão e direcionada para a doença de base. Analisa as opções de laparotomia, laparoscopia (ou videolaparoscopia), ou cirurgia robótica. No caso de câncer, verifica a possibilidade de usar método curativo ou método paliativo, que diminui os sintomas das doença e os índices de células cancerosas no corpo.

Atua junto com médicos cardiologistas e anestesiologistas para estimar o risco operatório e decidir se paciente tem condições de saúde para ser operado. Considera, na decisão, fatores como tipo e porte da cirurgia, gravidade do caso, resultados de exames pré-operatórios, e estado de saúde de paciente no momento do procedimento. Discute os riscos com paciente e seus familiares.

Atua com nutricionista para elaborar dieta específica, conforme procedimento cirúrgico a ser realizado. Presta instruções pré-operatórias para paciente.

Executa tratamentos cirúrgicos de baixa e alta complexidades. Realiza remoção de tumores do sistema digestivo por meio de procedimentos como esofagectomias, gastrectomias, hepatectomias, pancreatectomias e colectomias. Faz correção de problemas como obesidade, hérnias e doença do refluxo gastroesofágico, cálculos de vesícula, entre outros. Efetua transplante de um órgão (como fígado), mais de um órgão (como pâncreas e rim) ou multivisceral (como estômago, duodeno, intestino, pâncreas e fígado), em paciente portador de doença grave, aguda ou crônica, e que não possui outra forma de tratamento com comparada eficácia.

No pós-operatório, participa na monitorização contínua de paciente, identificando e tratando as principais complicações clínicas. Trabalha com equipe multidisciplinar – que pode ser formada por nutricionista, cardiologista, psicólogo, fisioterapeuta e outros profissionais –, visando minimizar o trauma cirúrgico, a dor e as complicações pós-operatórias, para otimizar os resultados e reduzir o tempo de hospitalização. Contribui na prestação de cuidados paliativos. Avalia as condições de paciente para receber alta.

Registra procedimentos efetuados em prontuário de paciente. Elabora relato do ato cirúrgico.

Atua em saúde pública, prestando serviço em cirurgia do aparelho digestivo no Sistema Único de Saúde (SUS).

Difunde conhecimentos médicos, elaborando e divulgando artigos científicos.

Mantém-se atualizado na sua área de atuação, avaliando inovações tecnológicas.

Supervisiona equipe, avaliando e orientando seu desempenho.

Realiza pesquisas em cirurgia do aparelho digestivo, abordando temas diversos, tais como nutrição em cirurgia esofágica, tratamento cirúrgico do câncer do esôfago e da cárdia, e efeitos de nutrientes sobre inflamação e imunidade em cirurgia.