CBO 2239-10 - Ortoptista - Descrição do cargo, funções, competências e atividades exercidas pelos terapeutas ocupacionais, ortoptistas e psicomotricistas
O profissional no cargo de Ortoptista CBO 2239-10 realiza assistência a pacientes que apresentam disfunções do sistema visual – estrabismo, distúrbios da visão binocular, entre outras -, fazendo exames e testes para avaliação das funções visuais, estabelecendo diagnóstico, e executando tratamento clínico (exercícios e aplicação de técnicas específicas) Encaminha pacientes a médicos ou terapeutas, para cirurgias ou outros tipos de tratamento.
Pode efetuar exames e testes ortópticos para auxiliar médico oftalmologista na realização de diagnósticos Atua em equipes multidisciplinares Pode trabalhar em saúde pública.
Mantém-se atualizado em sua área de atuação Participa em pesquisas relacionadas à saúde visual Pode supervisionar equipe.
Atua com base em princípios de ética profissional Cumpre legislação, normas técnicas e normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho, de biossegurança e de preservação ambiental
CBO 2239-10 é o Código Brasileiro da Ocupação de terapeutas ocupacionais, ortoptistas e psicomotricistas que pertence ao grupo dos profissionais das ciências biológicas, da saúde, segundo o Secretaria da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Confira funções, descrição do cargo de Ortoptista, atividades principais, atribuições, mercado de trabalho, dados salariais oficiais atualizados para a função, bem como o salário pago para os Terapeutas ocupacionais, ortoptistas e psicomotricistas CBO 2239-10 em todo Brasil.
Divisões de categorias profissionais do CBO 2239-10
- Profissionais das ciências e das artes.
- Terapeutas ocupacionais, ortoptistas e psicomotricistas.
- Profissionais das ciências biológicas, da saúde.
O que faz um Ortoptista
O Ortoptista CBO 2239-10 planeja o atendimento de pessoas de todas as faixas etárias que apresentam problemas como estrabismo, visão turva, nistagmo (movimento involuntário dos olhos), visão dupla, entre outros Organiza o ambiente onde efetua o atendimento.
Confere o funcionamento de equipamentos e instrumentos.
Identifica, no agendamento de consultas, pacientes encaminhados por médicos ou terapeutas, verificando a solicitação recebida em cada caso Realiza o acolhimento de paciente em consulta.
Solicita que paciente (ou seu acompanhante) descreva o tipo de problema e o tempo de sua ocorrência Executa exames em paciente para avaliar a sua visão e detectar possíveis distúrbios oculares.
Avalia o alinhamento dos olhos em todas as posições do olhar.
Nos casos de visão dupla, visão embaçada ou queixas de dores de cabeça, aplica teste ortóptico, que analisa a movimentação ocular e a percepção de estímulos visuais, permitindo caracterizar de maneira detalhada a ocorrência de estrabismo e ambliopia Pode desenvolver ou usar técnicas especiais de comunicação e de teste para facilitar o diagnóstico de crianças ou de pacientes com deficiência.
Interpreta resultados de testes e exames clínicos.
Realiza diagnóstico e plano de tratamento não cirúrgico para paciente com distúrbios visuais Encaminha para médico oftalmologista casos de cirurgias, referentes aos problemas de movimento ocular Presta informações, a paciente e familiares, sobre o diagnóstico e o tratamento.
Executa tratamento ortóptico, adotando estímulos, reorganizando o equilíbrio binocular, e fazendo com que os dois olhos trabalhem ao mesmo tempo, para que paciente utilize as funções visuais Realiza exercícios ortópticos (ou oculares) para fortalecer o processo sensório-motor da visão, ou seja, estimular a fusão - no cérebro - das imagens provenientes de cada um dos olhos (“sensorial”) e tornar mais forte a musculatura extrínseca ocular (“motor”) Promove atividades de aproximação e afastamento de objetos, trabalhando o foco.
Prepara relatórios de diagnóstico e tratamento para outros médicos ou terapeutas Nos casos de distúrbios da visão binocular, distúrbios sensoriais da visão, distúrbios da motilidade ocular e estrabismos, fornece ao médico solicitante as informações sobre o diagnóstico e sobre a aplicação de condutas terapêuticas clínicas (exercícios ortópticos e/ou tratamento oclusivo), feitas com o objetivo de aprimorar o funcionamento do sistema visual e, quando possível, restaurar sua normalidade.
Atua em equipes multidisciplinares na área de baixa visão ou visão subnormal e intervenção precoce, para realizar avaliações das funções visuais, como teste de acuidade visual, sensibilidade aos baixos contrastes, teste de visão de cores, entre outros Na equipe, faz a avaliação da visão residual e a adaptação e o treinamento para o uso de recursos ópticos e não ópticos Na intervenção precoce, executa a avaliação da acuidade visual - por métodos específicos para cada idade – e participa da avaliação funcional da visão e da estimulação visual precoce, em conjunto com outros profissionais, como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais especializados.
Pode trabalhar com médico oftalmologista, efetuando exames e testes ortópticos para auxiliar na realização de diagnósticos e tratamentos Pode atuar na saúde pública, participando em equipes responsáveis pela elaboração de estratégias de promoção da saúde ocular Realiza exames de visão em crianças em escolas ou centros de saúde comunitários.
Participa em campanhas de detecção e prevenção de problemas visuais Pode supervisionar o trabalho de equipe, avaliando desempenho e promovendo programas de treinamento Mantém-se atualizado na sua área de atuação, analisando novas tecnologias.
Atua em pesquisas relacionadas à saúde visual, participando na elaboração de projetos de pesquisa, na coleta de dados, na elaboração dos relatórios e na divulgação de resultados.
Funções do cargo
O funcionário CBO 2239-10 deve demonstrar competências pessoais, executar atividades técnico-científicas e administrativas, realizar intervenções/tratamento, realizar diagnósticos, analisar condições dos pacientes,clientes, ambientes e comunidades, orientar pacientes, clientes, familiares, cuidadores e responsáveis, comunicar-se, avaliar funções e atividades.
Condições de trabalho dessas profissões
Terapeutas ocupacionais, ortoptistas e psicomotricistas trabalham nas áreas de saúde, educação e serviços sociais, predominantemente em caráter liberal, no caso dos ortoptistas, e com vínculo empregatício, no caso dos terapeutas ocupacionais, na maior parte do tempo, em equipes multiprofissionais. Atuam em consultórios, hospitais, ambulatórios, clínicas, escolas, domicílios, clubes, comunidades, escolas, indústrias, dentre outros, em horários
Exigências do mercado de trabalho para o CBO 2239-10
Para o exercício dessas ocupações é exigido curso superior em uma das áreas: terapia ocupacional ou ortóptica, com registros nos conselhos profissionais pertinentes.
Atividades exercidas por um Ortoptista CBO 2239-10
Um Ortoptista (ou sinônimo) deve criar métodos de trabalho, lidar com estresse, elaborar manuais técnico-administrativos e projetos, adaptar órteses, prescrever atividades, analisar avaliações de profissionais, demonstrar capacidade de análise e síntese, registrar procedimentos e evolução de clientes e pacientes, treinar paciente na utilização de órteses, próteses, adaptações e produtos assistivos, estimular percepção espacial e viso-motora, avaliar desenvolvimento neuropsicomotor, trabalhar em equipe, realizar pesquisas, estabelecer critérios de elegibilidade, avaliar funcionalidade da visão residual, participar de programas de prevenção, promoção de saúde/qualidade vida, auditorar programas e serviços, demonstrar capacidade de observação, promover campanhas educativas, analisar laudos e pareceres, orientar terapia oclusiva, participar de diagnósticos interdisciplinares diferenciais, demonstrar capacidade de escuta e interlocução, avaliar acuidade visual, ministrar cursos e palestras, demonstrar perseverança, estimular percepção espacial e visão binocular, demonstrar capacidade motora fina, estimular adesão e continuidade do tratamento, tomar decisões, lidar com público, estabelecer capacidade de atendimento, quantificar visão binocular, orientar técnicas ergonômicas, interagir com outros profissionais, estabelecer parâmetros de alta, transmitir instruções a equipe multidisciplinar, verificar compreensão da orientação, avaliar captor ocular, efetuar anamnese, lidar com enlutamento, contornar situações adversas, elaborar relatórios, avaliar sistema e percepção sensorial-motor-ocular, estabelecer metodologia de trabalho, demonstrar liderança, avaliar campo visual, implementar ações para prevenção e promoção da saúde, supervisionar profissionais, estagiários e equipes de apoio, demonstrar criatividade, elaborar laudos e pareceres, realizar medidas pré-cirúrgicas dos desvios oculares, adaptar atividades, avaliar amplitude dos movimentos oculares, avaliar acuidade de leitura, realizar procedimentos de habilitação e de reabilitação, realizar consultoria e assessoria, encaminhar cliente a profissionais e entidades, prescrever exercícios ortópticos, demonstrar capacidade de diálogo tônico com o outro, analisar critérios de elegibilidade, avaliar percepção visuo-espacial, avaliar funções sensório-motoras e percepto-cognitivas, demonstrar acuidade visual e estereoscópica, demonstrar capacidade de comunicação não verbal, mediar reuniões, demonstrar acuidade auditiva, demonstrar empatia, instrumentar cirurgia oftálmica, ensinar técnicas para uso funcional da visão, explicar procedimentos e rotinas, avaliar desvios oculares, demonstrar procedimentos e técnicas, demonstrar iniciativa, avaliar habilidades e padrões motores, divulgar trabalhos, analisar condicões socioeconômicas, etno-culturais e educacionais, avaliar coordenação óculo manual e pedal, estimular percepção visual precoce, analisar resultados das avaliações, reeducar postura, estimular desenvolvimento neuro-sensorio-motor e percepto-cognitivo, elaborar trabalhos científicos, esclarecer dúvidas, sugerir exames complementares, administrar recursos humanos, materiais e financeiros, aplicar exercícios ortópticos, avaliar condições para o desempenho ocupacional- trabalho, laser, brincar, escola e ócio, demonstrar objetividade, avaliar sensibilidade visual ao contraste, elaborar processo de alta, treinar auxílios de visão subnormal - lupa, telelupa, óculos esferoprismático, etc, acompanhar evolução terapêutica, realizar perícia, efetuar testes ortópticos e exames oftalmológicos complementares, demonstrar dinamismo, capacitar profissionais, organizar eventos técnico-científicos, avaliar ambientes físicos e/ou educacionais e terapêuticos, analisar exames complementares, visitar domicílios, escolas, postos de trabalho, instituições e comunidades, demonstrar capacidade de consciência corporal, dar devolutiva da avaliação e conduta terapêutica, avaliar condições dolorosas, transmitir segurança, preparar ambiente terapêutico, avaliar funções óculo-motoras, estabelecer plano terapêutico ortóptico, eleger procedimentos de intervenções/tratamento, elaborar protocolo de avaliação de tratamento, coordenar serviços de saúde e educação.