CBO 2253-15 - Médico em medicina nuclear

O Que Faz um Médico em medicina nuclear

Coordena e realiza procedimentos de medicina nuclear, usando quantidades mínimas de substâncias radioativas (radiofármacos) para acessar o funcionamento de órgãos e tecidos vivos, visando efetuar diagnósticos de diversas doenças – tais como embolia pulmonar, câncer e obstruções renais – e executar terapias. Participa de cirurgias radioguiadas. Atua em equipe com médicos especialistas em diversas áreas. Emite laudos e pareceres. Mantém-se atualizado na sua área de atuação. Supervisiona as atividades relacionadas ao uso de substâncias radioativas, de acordo com princípios de proteção radiológica, regulamentações e normas vigentes. Atua com base em princípios de ética profissional e mantém a confidencialidade das informações. Cumpre legislação, normas técnicas e normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho, de biossegurança e de preservação ambiental.

Funções Detalhadas

Realiza o planejamento da utilização de radiofármacos em diagnóstico e terapia. Prepara e faz controle de qualidade de radioisótopos. Seleciona equipe - de biomédicos, tecnólogos em radiologia ou outros profissionais - para operação de equipamentos. Monitora o funcionamento dos equipamentos a serem utilizados.

Atua em dois tipos de medicina nuclear, a diagnóstica e a terapêutica.

Na diagnóstica, realiza exames de medicina nuclear, utilizando radiofármacos para formar imagens que revelam dados sobre as funções dos órgãos.

Informa aos pacientes as instruções para execução do procedimento, de acordo com o exame de medicina nuclear a ser realizado. Comunica os preparativos - tais como algumas restrições alimentares, por tempo variável, e suspensão temporária de alguns medicamentos - decididos pelos médicos solicitantes.

Realiza anamnese e exame físico dos pacientes que serão submetidos a procedimentos em medicina nuclear.

Para iniciar o exame, administra a substância radioativa - na maioria das vezes por via intravenosa, inalatória ou oral -, utilizando a menor quantidade possível de radiação necessária para o estudo. Monitora a substância emitir energia na forma de fótons ou de pósitrons, que são detectados por equipamentos específicos e processados por computadores, gerando imagens estáticas e/ou dinâmicas que mostram o funcionamento do órgão estudado.

Pode realizar diferentes tipos de exames, como PET-CT-Tomografia Computadorizada por Emissão de Pósitrons (Positron Emission Tomography–Computed Tomography), utilizando radionuclídeos, que emitem um pósitron (antipartícula do elétron) no momento da desintegração, o qual é detectado para formar as imagens do exame, Gamagrafia com gálio, exame de imagem realizado em doses baixas de radioisótopo ou isótopo radioativo, com o objetivo de obter a visualização da sua distribuição no esqueleto ou em algum órgão, Cintilografia óssea, exame de imagem de todo o esqueleto, realizado por meio de injeção venosa de uma substância radioativa que se concentra nos ossos, principalmente nas células de maior atividade metabólica, para captar imagem por uma câmara especial, entre outros.

Faz avaliação funcional das imagens realizadas pela medicina nuclear, analisando informações diagnósticas de forma precoce em diferentes doenças e possibilitando que sejam tratadas em estágios iniciais, quando existem maiores chances de cura.

Pode fazer exames em crianças - com doses de radiação de acordo com o seu peso corporal -, como a cintilografia, usada como ferramenta diagnóstica para estudo do sistema urinário, gastrointestinal e musculoesquelético, tanto em doenças benignas como em certos tipos de câncer.

No tipo de medicina nuclear terapêutica, ministra radiofármacos para realização de inúmeras terapias não oncológicas - incluindo hipertireoidismo, osteoartrite, artrite hemofílica, entre outras – e para tratamento de diferentes tipos de câncer. Participa de cirurgia radioguiada, injetando em paciente material radioativo, que guia o cirurgião até as lesões que precisam ser removidas.

Registra os resultados dos procedimentos realizados na medicina nuclear diagnóstica e terapêutica. Elabora laudos e pareceres.

Atua em equipe com médicos especialistas em diversas áreas, como a oncologia, a cardiologia e a neurologia.

Supervisiona equipe, avaliando e orientando seu desempenho.

Mantém-se atualizado em sua área de atuação, acompanhando os avanços da tecnologia, da inclusão de imagens híbridas e da introdução de novos radiofármacos para o diagnóstico e o tratamento dos pacientes.

Efetua pesquisas em medicina nuclear, divulgando resultados em congressos e em artigos publicados em periódicos especializados.

Supervisiona as atividades relacionadas ao uso de substâncias radioativas, aplicando os princípios de proteção radiológica e atuando de acordo com as regulamentações e as normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).