CBO 2263-15 - Equoterapeuta

O Que Faz um Equoterapeuta

O Equoterapeuta realiza prática de equoterapia, aplicando método terapêutico que utiliza cavalo como agente facilitador para desenvolvimento biopsicossocial de pacientes com deficiência física, psicológica ou cognitiva, paralisia cerebral, traumatismo cranioencefálico, ou outras condições especiais. Atua de forma interdisciplinar com outros profissionais das áreas de saúde, educação e equitação. Utiliza os padrões de movimentos rítmicos e repetitivos da marcha do cavalo para elaborar conjunto de exercícios do plano terapêutico. Avalia a evolução terapêutica de praticante. Registra procedimentos realizados. Mantém-se atualizado em sua área de atuação. Pode prestar consultoria e assessoria. Supervisiona equipe. Atua com base em princípios de ética profissional. Cumpre legislação, normas técnicas e normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho, de biossegurança e de preservação ambiental.

Funções Detalhadas do Cargo CBO 2263-15

Planeja práticas de equoterapia para atendimento de crianças, adolescentes, adultos e idosos, em ambiente adequado e com cavalos adestrados, mansos e dóceis. Forma equipe com outros profissionais das áreas de saúde – como fonoaudiólogo, fisioterapeuta e/ou outro –, educação e equitação, para realizar o atendimento.

Faz agendamento de pacientes que passaram por avaliação médica, psicológica e fisioterápica e apresentam parecer favorável para realizar a equoterapia.

Recebe e analisa informações sobre cada paciente, com deficiência - física, psicológica ou cognitiva - ou outra condição especial. Avalia quadro clínico de paciente, considerando se apresenta doença genética, neurológica, ortopédica, muscular ou clínico-metabólica, sequelas de trauma ou cirurgia, doença mental, distúrbio psicológico ou comportamental, ou distúrbio de aprendizagem e de linguagem.

Planeja a terapia apropriada para paciente, de acordo com suas necessidades e potencialidades. Avalia os objetivos a serem atingidos. Seleciona os exercícios - tais como os de coordenação motora, flexibilidade, concentração e agilidade - a serem executados.

Conversa com paciente e/ou seus familiares sobre a equoterapia e sobre como a prática terapêutica será realizada.

Inicia a prática de equoterapia com baixos níveis de interação, orientando praticante a apenas fazer carinho ou fornecer alimentos ao cavalo. Ajuda praticante a montar no cavalo e adaptar-se aos seus movimentos rítmicos e repetitivos de marcha. Instrui praticante a conduzir o cavalo, sempre com sua supervisão e seu acompanhamento.

Monitora o andar do cavalo, que deve produzir um balanço tridimensional do praticante, nos sentidos vertical (para cima e para baixo), horizontal (para frente e para trás) e lateral (para a direita e para a esquerda). Acompanha as inúmeras repetições do movimento com cadência, trajetória e ritmo do andar do cavalo, para que o mecanismo dos reflexos posturais e a noção de posição dos vários segmentos corporais de praticante sejam reeducados durante a sessão. Verifica se, a cada passo do cavalo, o centro de gravidade do praticante está sendo defletido da linha média, estimulando as reações de equilíbrio. Confirma a posição de montaria alongando os adutores do quadril e os movimentos lentos de flexo-extensão da cabeça, tronco e membros, para que ocorra o relaxamento do tônus muscular de todo o corpo de praticante.

Controla a execução dos exercícios conforme plano terapêutico individualizado, para desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.

Faz registro periódico, sistemático e individualizado das atividades realizadas, em prontuário de praticante.

Avalia, junto com os demais membros da equipe multiprofissional, o cumprimento dos objetivos estabelecidos no plano terapêutico de praticante. Verifica os resultados – tais como desenvolvimento do afeto, devido ao contato de praticante com o cavalo, estimulação da sensibilidade tátil, visual e auditiva, melhora da postura e do equilíbrio, aumento da autoestima e da autoconfiança, promoção da sensação de bem-estar, melhora do tônus muscular, desenvolvimento da coordenação motora e percepção dos movimentos, e aumento da sociabilidade - que foram efetivamente alcançados.

Planeja e presta serviços de consultoria e assessoria na área de equoterapia.

Supervisiona equipe que presta serviços de cuidado e assistência aos cavalos.

Mantém-se atualizado na sua área de atuação, analisando novas práticas terapêuticas.

Zela pela segurança física de praticante, analisando o comportamento habitual do cavalo e as circunstâncias que possam vir a modificá-lo, avaliando a segurança do equipamento de montaria - como correias, estribos, selas e manta -, verificando a vestimenta do praticante, para excluir itens que possam trazer riscos, adotando equipamentos de proteção individual, e controlando condições do local para prevenir acidentes.