CBO 2238-40 - Fonoaudiólogo em saúde coletiva

O Que Faz um Fonoaudiólogo em saúde coletiva

Presta atendimento em fonoaudiologia no campo da saúde coletiva, integrando equipe multiprofissional que caracteriza as necessidades de grupo social e lhe presta atendimento, de acordo com as diretrizes das linhas de cuidado a bebês, crianças e adolescentes – inclusive em saúde escolar -, adultos – incluindo trabalhador –, e idosos. Atua de forma articulada com outros profissionais, adotando o conceito de saúde-doença, a fim de obter possíveis razões para surgimento e cura de enfermidades. Pode atuar em planejamento de políticas públicas de gestão em saúde. Promove ações educacionais e campanhas. Pode dedicar-se à pesquisa. Supervisiona equipes. Mantém-se atualizado em sua área de atuação. Atua com base em princípios de ética profissional. Cumpre legislação, normas técnicas e normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho, de biossegurança e de preservação ambiental.

Funções Detalhadas

Participa do processo de mapeamento da área de atuação da equipe de saúde, realizando diagnósticos de famílias e indivíduos do grupo social e verificando as questões fonoaudiológicas de maior incidência. Examina os elementos sanitários, assistenciais, ambientais, geopolíticos e socioculturais da realidade local.

Organiza o ambulatório de atendimento fonoaudiológico, verificando a disponibilidade de materiais e selecionando equipamentos e instrumentos. Requisita os recursos faltantes. Testa equipamentos e instrumentos, solicitando serviços de manutenção, quando necessário.

Atua nos âmbitos de Atenção Básica, Atenção Especializada e Alta Complexidade.

Acompanha o pré e o pós-natal de bebês saudáveis, de risco e com problemas, por meio do apoio ao aleitamento materno e ao desenvolvimento das habilidades de alimentação e comunicação. Faz exames, como a Triagem Auditiva Neonatal.

Promove a atenção às pessoas com doenças crônicas, executando diversas ações, tais como diagnóstico, prevenção de agravos, redução de danos, e cuidados paliativos.

Realiza avaliação e reabilitação fonoaudiológica em casos de urgência e emergência - como Acidente Vascular Cerebral (AVC), distrofias musculares, entre outros, - para minimizar complicações clínicas, tais como pneumonias, desnutrição e alterações de comunicação decorrentes de quadros neurológicos.

Executa avaliação e reabilitação fonoaudiológica em pessoas com deficiência auditiva, visual, intelectual ou motora, diminuindo os agravos em todos os ciclos de vida.

Registra, no prontuário de paciente, as informações relativas à consulta, ao diagnóstico fonoaudiológico, à prescrição da conduta fonoaudiológica, aos procedimentos realizados, à evolução do quadro, e ao encerramento do tratamento. Registra, também, contatos com outros profissionais envolvidos no caso e condutas adotadas em conjunto.

Utiliza metodologia de avaliação dos padrões de qualidade do atendimento e monitora o impacto das ações fonoaudiológicas no contexto coletivo.

Pode atender paciente com dificuldades graves de comunicação (expressão e compreensão), utilizando a Comunicação Alternativa (CAA-Comunicação Ampliada e Alternativa ou CSA-Comunicação Suplementar e Alternativa), com recursos - gestos, sons, expressões faciais e corporais, computador com “software” específico, entre outros - para manifestação de desejos, opiniões, posicionamentos e de outros conteúdos no cotidiano. Pode promover cursos de Comunicação Alternativa para pessoas com vulnerabilidade comunicativa, familiares, profissionais da área de saúde, educadores, entre outros.

No caso da deficiência auditiva/surdez, analisa a possibilidade de uso de recursos tecnológicos para a reabilitação da função auditiva. Numa outra vertente – socioantropológica –, compartilha informações com profissionais de ciências humanas sobre o reconhecimento da cultura surda - manifestada na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), nos hábitos, nos modos de socialização e de funcionamento cognitivo, e em outras especificidades -, que dão origem a uma identidade própria. Incentiva a interação social entre pessoas com deficiência auditiva/surdez e ouvintes que usam a língua de sinais.

Mantém-se atualizado na sua área de atuação, analisando e testando inovações no campo fonoaudiológico.

Supervisiona o trabalho de equipe, avaliando desempenho e promovendo programas de treinamento.

Pode dedicar-se à pesquisa de temas relacionados à área de comunicação em grupo social.

Pode atuar em planejamento de políticas públicas em saúde, inserindo os principais campos de atuação do fonoaudiólogo nos diferentes níveis de atenção à saúde.

Realiza ações educacionais e campanhas sobre prevenção de doenças, promoção de saúde coletiva e melhoria de qualidade de vida em grupo social.

Participa nas discussões e nos debates interprofissionais para construção de programas e projetos de saúde, respeitando as diversidades socioculturais e históricas.