CBO 3762-50 - Titeriteiro - Descrição do cargo, funções, competências e atividades exercidas pelos artistas de circo (circenses)
O profissional no cargo de Titeriteiro CBO 3762-50 realiza apresentações circenses com manipulação de bonecos – tais como títeres, fantoches, marionetes e mamulengos -, fazendo pesquisas e troca de informações para criação de personagens e de novo número, confeccionando bonecos e objetos, definindo coreografia, música e guarda-roupa, ensaiando o número, para aperfeiçoar interação com bonecos e, quando atua em grupo, com outros titeriteiros ou com coadjuvantes, colaborando na divulgação do espetáculo, interagindo com diferentes públicos nas apresentações, e mantendo comunicação com os demais profissionais envolvidos no espetáculo Pode vender o número ou espetáculo.
Pode atuar em teatros e outros espaços culturais Pode ensinar arte e técnica circense de manipulação de bonecos Cumpre normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho, de prevenção contra incêndios e de preservação ambiental.
CBO 3762-50 é o Código Brasileiro da Ocupação de artistas de circo (circenses) que pertence ao grupo dos técnicos em nivel médio dos serviços culturais, das comunicações e dos desportos, segundo a Tabela CBO divulgada pelo MTE - Ministério do Trabalho e Emprego.
Confira funções, descrição do cargo de Titeriteiro, atividades principais, atribuições, mercado de trabalho, dados salariais oficiais atualizados para a função, bem como o salário pago para os Artistas de circo (circenses) CBO 3762-50 em todo Brasil.
Divisões de categorias profissionais do CBO 3762-50
- Técnicos de nível médio.
- Técnicos em nivel médio dos serviços culturais, das comunicações e dos desportos.
- Artistas de artes populares e modelos.
- Artistas de circo (circenses).
O que faz um Titeriteiro
O Titeriteiro CBO 3762-50 cria personagens para bonecos - representando animais, pessoas e/ou objetos animados -, que se movem por cordéis ou engonços, em espetáculos circenses Inventa número, pesquisando a utilização de diferentes técnicas cênicas e circenses.
Pesquisa movimentos antropomórficos e formas de comunicação com o público.
Pesquisa dança e outras expressões artísticas para utilizar nas apresentações Pesquisa possibilidades no uso de elementos visuais, tais como cores e luzes.
Faz intercâmbio de informações com profissionais do circo, com escolas de circo e com profissionais de outras áreas artísticas, pessoalmente, usando Internet ou outras formas de comunicação Pode fazer fusão de números existentes, criando outros.
Confecciona boneco manipulável, assegurando sua capacidade de movimentar-se e dando-lhe forma, cor e expressões, conforme características do personagem que representa.
Confecciona e monta cenário para atuação dos bonecos Pode fazer a manipulação de forma oculta – ficando atrás de cortina ou cenário – ou exposto, representando personagem - como vendedor de loja de brinquedo, professor que apresenta uma história, entre outros -, mas sempre mantendo os bonecos como foco principal para a plateia.
Produz o número circense, definindo coreografia, selecionando música e criando guarda-roupa para os bonecos e, quando for o caso, para si próprio, enquanto personagem.
Define os movimentos a fazer para dar vida aos bonecos Pode atuar com outros titeriteiros ou com coadjuvantes Seleciona equipamentos de segurança.
Ensaia o número, repetindo-o na busca do movimento perfeito para os bonecos, no aprimoramento de sua atuação como personagem, na assimilação dos tempos na realização de cada parte do número, no aperfeiçoamento da interação entre seu personagem e os bonecos, e na melhoria contínua da sua interação com demais artistas, quando atua com outros titeriteiros ou com coadjuvantes Treina sua entrada no picadeiro para iniciar a apresentação Incorpora equipamentos de segurança no número, durante o ensaio.
Colabora na divulgação do número e do espetáculo, providenciando material impresso, dando entrevistas e utilizando jornal, carros de som, redes sociais e outras formas de comunicação Prepara corpo e mente para desenvolvimento do espetáculo, alongando e aquecendo o corpo e realizando exercícios de concentração.
Apresenta o número, interagindo com o público, desenvolvendo formas de comunicação para conquistar a empatia das pessoas, e usando técnicas e estratégias para valorização do seu trabalho Lida com imprevistos, durante a apresentação, de forma criativa Interage com os demais profissionais envolvidos no espetáculo, combinando códigos para informar imprevistos e ajustando estratégias para lidar com incidentes, acidentes ou outros acontecimentos.
Trabalha em equipe, estabelecendo vínculos de confiança com os colegas Pode atuar em teatros – especialmente em peças voltadas ao público infantil - e em outros espaços culturais Pode vender o número ou espetáculo, avaliando custos para fazer preço do trabalho e investigando o valor da atividade circense no mercado.
Pode ministrar aulas, promover oficinas e oferecer cursos relacionados à manipulação de bonecos, para públicos de diferentes faixas etárias Seleciona métodos e estratégias para transmissão de conhecimentos e realização da prática profissional Motiva o aluno, estimula sua criatividade para criar números e desenvolve sua capacidade de manipular bonecos.
Transmite a ética circense Conserva e faz a manutenção dos bonecos, limpando-os, trocando componentes, verificando as suas articulações, executando pintura e efetuando reparos, quando necessário Zela pela sua segurança, pela segurança da equipe e pela segurança do público, realizando as atividades em ambiente seguro, contando com pessoal de apoio capacitado e fazendo uso de equipamentos de segurança Pode prestar primeiros socorros.
Funções do cargo
O funcionário CBO 3762-50 deve ensaiar o número, vender o espetáculo ou número, demonstrar competências pessoais, ensinar arte e técnica circense, apresentar o número, inventar números, produzir o número, comunicar-se.
Condições de trabalho dessas profissões
Artistas de circo (circenses) o trabalho é exercido em ambientes fechados como lonas de circo, teatro, estúdios de tv, também a céu aberto e em veículos, por meio de trabalho assalariado ou autônomo ou pelos proprietários dos circos, em trabalho itinerante, com rodízio de turnos, de forma individual e coletiva, sob supervisão permanente. É comum o trabalhador exercer mais de uma ocupação, que são definidas pelo conjunto de habilidades: acrobata - faz variações de saltos no chão, aéreo - usa várias técnicas de movimento e equilíbrio no ar, contorcionista - faz movimentos de torção e contorção do corpo, domador de animais - treina e apresenta o animal, equilibrista - equilibra objetos, pessoas e a si mesmo, mágico - faz aparecer, desaparecer, mover objetos, pessoas, animais, utilizando técnicas de ilusionismo, malabarista - pratica jogos com aparelhos e objetos e os controla, palhaço - realiza pantomimas, pilhérias e outros números cômicos, trapezista - realiza saltos e evoluções com o corpo no ar, titeriteiro.
Exigências do mercado de trabalho para o CBO 3762-50
Essas ocupações são exercidas por pessoas que desenvolveram habilidades circenses. A formação inicia-se desde a mais tenra idade, quando as crianças vão aprendendo um pouco de cada arte, em circos de lona, organizados em torno de tradicionais famílias circenses. Há, em menor número, artistas formados em circos-escolas ou cursos de artes circences. Os espetáculos circenses também são apresentados em teatro, tv, rua ou outros espaços alternativos.
Atividades exercidas por um Titeriteiro CBO 3762-50
Um Titeriteiro (ou sinônimo) deve divulgar o espetáculo ou número, fazer aquecimento, intercambiar informações com escolas de circo, misturar os números criando outros, avaliar o potencial físico do aluno, preparar material, aparelho e objetos para o número, fazer alongamento, errar truques para valorização do trabalho, definir equipamentos de segurança, motivar os alunos, adequar o número ao biótipo e aparelho, montar o aparelho, conquistar empatia do público, pesquisar possibilidades no uso das cores - luzes, figurino, materiais, etc, investigar o valor do trabalho circense no mercado, pesquisar possibilidades de expressão artística, criar aparelhos - materiais de trabalho, confeccionar o aparelho, pesquisar materiais, aperfeiçoar técnicas de expressão corporal e vocal, desenvolver disciplina, pesquisar tecnologias, pesquisar aparelhos, pesquisar possibilidades de comunicação com o público, aprender a profissão ensaiando, preparar a entrada do artista, lidar com imprevistos de forma criativa, adequar tecnologias disponíveis ao número circense, adquirir técnicas para cair, respeitar relações de trabalho, realizar números testes para divulgação ou contratação, criar maquiagem, observar o trabalho de outros profissionais do circo, perceber as habilidades dos alunos, pesquisar movimentos corporais, criar guarda roupa, avaliar custos para fazer preço do trabalho, colaborar na divulgação do espetáculo, introduzir o aluno nas diferentes modalidades circenses, freqüentar lugares de divulgação do trabalho realizado, repetir o número aperfeiçoando técnicas, respeitar ética profissional, freqüentar cursos de atualização, trabalhar frustações - quedas, números, aparelhos, demonstrar determinação para aprender, respeitar a liberdade de expressão dos colegas, transmitir ética circense, propor possibilidades profissionais a partir de suas habilidades, desenvolver consciência dos riscos profissionais, selecionar música, providenciar material impresso para divulgação, incorporar diferentes linguagens artísticas, intercambiar informações com outras áreas artísticas, dominar técnicas circenses do seu número, definir coreografia, estimular o desenvolvimento físico do aluno, adaptar-se ao contexto do espetáculo - língua, comida, espaço, assimilar os tempos na realização dos truques, desmontar o aparelho, estabalecer comunicação com a cidade, respeitar o aparelho de outro artista, pesquisar truques, adequar o número de acordo com o tempo, espaço e público, estabelecer comunicação com o público, incorporar equipamentos de segurança no número, durante o ensaio, demonstrar conhecimento de vocabulários e gírias circenses, dar entrevistas, estabelecer vínculos de confiança com os colegas, trabalhar em equipe, fazer concentração, obedecer os comandos dos tempos dos truques, combinar códigos para informar imprevistos, sincronizar luz e som com a representação, buscar métodos de aprendizagem para cada modalidade, intercambiar informações com profissionais do circo - pessoalmente, vídeos, internet, etc, demonstrar conhecimento de costumes e tradições circenses, utilizar meios de comunicação para divulgar - tv, jornal, internet, carros, books.