CBO 3762-35 - Mágico - Descrição do cargo, funções, competências e atividades exercidas pelos artistas de circo (circenses)
O profissional no cargo de Mágico CBO 3762-35 realiza apresentações de mágica, ilusionismo e prestidigitação em circos, fazendo pesquisas e intercâmbio de informações para criação de novo número, confeccionando e preparando aparelhos e objetos usados nos números, preparando animais domesticados para apresentações, produzindo o número circense – com definição de coreografia, música e guarda-roupa, ensaiando o número, colaborando na divulgação do espetáculo, interagindo com diferentes públicos nas apresentações, e mantendo comunicação com os demais profissionais envolvidos no espetáculo Pode vender o número ou espetáculo.
Pode atuar em outros espaços culturais e em meios de comunicação Pode ensinar arte e técnica circense na sua área de atuação Cumpre normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho, de prevenção contra incêndios e de preservação ambiental.
CBO 3762-35 é o Código Brasileiro da Ocupação de artistas de circo (circenses) que pertence ao grupo dos técnicos em nivel médio dos serviços culturais, das comunicações e dos desportos, segundo a Tabela CBO divulgada pelo MTE - Ministério do Trabalho e Emprego.
Confira funções, descrição do cargo de Mágico, atividades principais, atribuições, mercado de trabalho, dados salariais oficiais atualizados para a função, bem como o salário pago para os Artistas de circo (circenses) CBO 3762-35 em todo Brasil.
Divisões de categorias profissionais do CBO 3762-35
- Técnicos de nível médio.
- Técnicos em nivel médio dos serviços culturais, das comunicações e dos desportos.
- Artistas de artes populares e modelos.
- Artistas de circo (circenses).
O que faz um Mágico
O Mágico CBO 3762-35 cria novo número para apresentações de mágica, ilusionismo e prestidigitação, pesquisando a utilização de diferentes técnicas cênicas e circenses, para entreter plateias Pesquisa movimentos corporais, expressões faciais, truques e formas de comunicação com o público.
Pesquisa possibilidades no uso de elementos visuais, tais como cores, luzes e figurino.
Faz intercâmbio de informações com profissionais do circo, com escolas de circo e com profissionais de outras áreas artísticas, pessoalmente, usando Internet ou outras formas de comunicação Pode fazer fusão de números existentes, criando outros.
Confecciona, adapta e monta aparelhos e prepara objetos para as apresentações, tais como cartola, moedas, caixas com fundo falso, espelhos, camisas de força, aquários, entre outros Prepara baú, onde entra algemado e trancado, para surgir depois sem algemas e substituído por outro artista algemado.
Faz truques com cartas de baralho.
Realiza números com animais domesticados, como pássaros e coelhos Produz o número circense, definindo coreografia e selecionando música.
Cria guarda-roupa e maquiagem.
Seleciona equipamentos de segurança Ensaia o número, repetindo-o para aperfeiçoar arte e prática de mágica e ilusionismo e técnicas de prestidigitação, e para assimilar os tempos na realização de cada parte do número Fala com os animais para familiarizá-los com vozes humanas.
Treina sua entrada no picadeiro para iniciar a apresentação Incorpora equipamentos de segurança no número, durante o ensaio Colabora na divulgação do número e do espetáculo, providenciando material impresso, dando entrevistas e utilizando jornal, carros de som, redes sociais e outras formas de comunicação.
Caracteriza-se como mágico, paramentando-se e maquiando-se para a apresentação Realiza exercícios de concentração e aquecimento vocal.
Apresenta o número, interagindo com o público, desenvolvendo formas de comunicação para conquistar a empatia das pessoas, e usando técnicas e estratégias para valorização do seu trabalho Lida com imprevistos, durante a apresentação, de forma criativa Interage com os demais profissionais envolvidos no espetáculo, combinando códigos para informar imprevistos e ajustando estratégias para lidar com incidentes, acidentes ou outros acontecimentos.
Trabalha em equipe, estabelecendo vínculos de confiança com os colegas Pode atuar em teatros e outros espaços culturais e em meios de comunicação - como televisão e cinema -, com a finalidade de entreter plateias e audiências Pode vender o número ou espetáculo, avaliando custos para fazer preço do trabalho e investigando o valor da atividade circense no mercado.
Pode ministrar aulas, promover oficinas e oferecer cursos relacionados à mágica, ao ilusionismo e à prestidigitação, para públicos de diferentes faixas etárias Seleciona métodos e estratégias para transmissão de conhecimentos e realização da prática profissional Motiva o aluno e estimula sua rapidez dos gestos e das mãos, sua presença de palco - para prender a atenção e o interesse do público, e sua capacidade verbal, para interagir e estimular a participação da plateia.
Transmite a ética circense Cuida da alimentação, da higiene, da saúde e do bem-estar dos animais domesticados que integram seus números Considera princípios de direitos e segurança dos animais Conserva limpos e organizados aparelhos e objetos usados durante os números de mágica, ilusionismo e prestidigitação Zela pela sua segurança, pela segurança da equipe, pela segurança dos animais e pela segurança do público, realizando as atividades em ambiente seguro, contando com pessoal de apoio capacitado e fazendo uso de equipamentos de segurança.
Pode prestar primeiros socorros.
Funções do cargo
O funcionário CBO 3762-35 deve apresentar o número, ensaiar o número, produzir o número, demonstrar competências pessoais, inventar números, ensinar arte e técnica circense, vender o espetáculo ou número, comunicar-se.
Condições de trabalho dessas profissões
Artistas de circo (circenses) o trabalho é exercido em ambientes fechados como lonas de circo, teatro, estúdios de tv, também a céu aberto e em veículos, por meio de trabalho assalariado ou autônomo ou pelos proprietários dos circos, em trabalho itinerante, com rodízio de turnos, de forma individual e coletiva, sob supervisão permanente. É comum o trabalhador exercer mais de uma ocupação, que são definidas pelo conjunto de habilidades: acrobata - faz variações de saltos no chão, aéreo - usa várias técnicas de movimento e equilíbrio no ar, contorcionista - faz movimentos de torção e contorção do corpo, domador de animais - treina e apresenta o animal, equilibrista - equilibra objetos, pessoas e a si mesmo, mágico - faz aparecer, desaparecer, mover objetos, pessoas, animais, utilizando técnicas de ilusionismo, malabarista - pratica jogos com aparelhos e objetos e os controla, palhaço - realiza pantomimas, pilhérias e outros números cômicos, trapezista - realiza saltos e evoluções com o corpo no ar, titeriteiro.
Exigências do mercado de trabalho para o CBO 3762-35
Essas ocupações são exercidas por pessoas que desenvolveram habilidades circenses. A formação inicia-se desde a mais tenra idade, quando as crianças vão aprendendo um pouco de cada arte, em circos de lona, organizados em torno de tradicionais famílias circenses. Há, em menor número, artistas formados em circos-escolas ou cursos de artes circences. Os espetáculos circenses também são apresentados em teatro, tv, rua ou outros espaços alternativos.
Atividades exercidas por um Mágico CBO 3762-35
Um Mágico (ou sinônimo) deve preparar a entrada do artista, fazer alongamento, adequar tecnologias disponíveis ao número circense, pesquisar materiais, dominar técnicas circenses do seu número, pesquisar possibilidades de comunicação com o público, utilizar meios de comunicação para divulgar - tv, jornal, internet, carros, books, dar entrevistas, montar o aparelho, avaliar o potencial físico do aluno, trabalhar frustações - quedas, números, aparelhos, desenvolver disciplina, demonstrar determinação para aprender, pesquisar aparelhos, motivar os alunos, lidar com imprevistos de forma criativa, definir equipamentos de segurança, intercambiar informações com escolas de circo, criar maquiagem, respeitar a liberdade de expressão dos colegas, respeitar ética profissional, criar guarda roupa, fazer aquecimento, intercambiar informações com outras áreas artísticas, misturar os números criando outros, avaliar custos para fazer preço do trabalho, demonstrar conhecimento de costumes e tradições circenses, aprender a profissão ensaiando, pesquisar movimentos corporais, investigar o valor do trabalho circense no mercado, estimular o desenvolvimento físico do aluno, freqüentar lugares de divulgação do trabalho realizado, transmitir ética circense, colaborar na divulgação do espetáculo, adequar o número ao biótipo e aparelho, criar aparelhos - materiais de trabalho, introduzir o aluno nas diferentes modalidades circenses, estabelecer comunicação com o público, selecionar música, buscar métodos de aprendizagem para cada modalidade, errar truques para valorização do trabalho, obedecer os comandos dos tempos dos truques, freqüentar cursos de atualização, demonstrar conhecimento de vocabulários e gírias circenses, desmontar o aparelho, estabelecer vínculos de confiança com os colegas, propor possibilidades profissionais a partir de suas habilidades, assimilar os tempos na realização dos truques, estabalecer comunicação com a cidade, repetir o número aperfeiçoando técnicas, combinar códigos para informar imprevistos, definir coreografia, respeitar relações de trabalho, confeccionar o aparelho, preparar material, aparelho e objetos para o número, pesquisar possibilidades no uso das cores - luzes, figurino, materiais, etc, incorporar equipamentos de segurança no número, durante o ensaio, respeitar o aparelho de outro artista, pesquisar truques, pesquisar tecnologias, aperfeiçoar técnicas de expressão corporal e vocal, observar o trabalho de outros profissionais do circo, adequar o número de acordo com o tempo, espaço e público, providenciar material impresso para divulgação, adaptar-se ao contexto do espetáculo - língua, comida, espaço, adquirir técnicas para cair, fazer concentração, perceber as habilidades dos alunos, trabalhar em equipe, intercambiar informações com profissionais do circo - pessoalmente, vídeos, internet, etc, realizar números testes para divulgação ou contratação, conquistar empatia do público, divulgar o espetáculo ou número, sincronizar luz e som com a representação, incorporar diferentes linguagens artísticas, pesquisar possibilidades de expressão artística, desenvolver consciência dos riscos profissionais.