A Reforma na CLT foi apresenta pelo Governo, ainda quando Temer estava no poder, como a única solução para diminuir o desemprego no Brasil. Contudo, mesmo depois de dois anos dela ter entrado em vigor, a situação não mudou.
Pelo contrário, o cenário teve uma piora considerável. Apesar do aumento entre os trabalhadores contratados em regime parcial e intermitente de trabalho, a taxa de desemprego ainda continua altíssima e os brasileiros que conseguem uma vaga, estão sujeitos a precarização. Ou seja, condições de trabalho piores do que dos anos anteriores, como salários inferiores, carga horária maior e menos benefícios.
Situação do mercado de trabalho é alarmante
Dados recentes mostram como a Reforma na CLT não ajudou a melhorar nenhum aspecto do mercado de trabalho. De acordo com dados do IBGE, no segundo trimestre de 2019, a taxa de desemprego no Brasil chegou a 12,6 milhões de trabalhadores.
A proposta que teve início com Temer e que agora está sendo aprofundada pelo presidente Jair Bolsonaro tem surtido efeitos contrários. Especialistas apontam que proposta que o mercado se regularize sozinho, tendo mínima intervenção do Estado, tem beneficiado apenas os empregadores, deixando os trabalhadores desamparados.
Aumento do número de profissionais liberais
Segundo o IBGE a quantidade de profissionais liberais, ou seja, que trabalham por conta própria, chegou a 23,901 milhões. Em outras palavras, a reforma da CLT tem obrigado muitas pessoas a se tornarem autônomas, uma vez que as oportunidades com carteira registrada não aumentam.
Outra tendência que também tem crescido por conta das mudanças nas leis trabalhistas é a de terceirização, o que também motiva a precarização. Um dos setores mais afetados por conta dessa onda é o de limpeza e conservação.
Segundo Edson André dos Santos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços e Asseio, Conservação e Limpeza de São Paulo (Siemaco-SP), a grande maioria dos setores busca por essa terceirização.
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